Por Wanderson Leite.
O crescimento acelerado do segmento de construção civil durante a pandemia foi uma grande surpresa para todos. O número de reformas aumentou significativamente, chegando a quase 37% entre os meses de abril e junho. O índice se manteve em alta, uma vez que essa tendência foi incorporada aos novos hábitos do consumidor. E a melhor alternativa para as lojas de materiais para construção alavancarem seus negócios nesse novo contexto foi o Big Data.
Essa tecnologia é capaz de analisar uma grande quantidade de dados em pouco tempo e com muita precisão. Trata-se de um recurso capaz de otimizar processos, entender padrões de comportamento de clientes e do mercado, com o intuito de facilitar a tomada de decisão por parte dos gestores. Analisar as mudanças ocorridas durante a pandemia foi crucial para o mercado de construção civil.
As pessoas ficaram mais em suas casas, que além de servirem como moradia, se transformaram em um ambiente de trabalho e também de lazer. Passando mais tempo em confinamento, a preocupação com a estética e com o conforto das residências ganhou força e, consequentemente, as obras também. Ao mesmo tempo, aqueles comércios que esperavam o momento ideal para iniciar uma reforma sem que isso prejudicasse seus funcionamentos, encontraram na quarentena uma ótima oportunidade para tirar os planos do papel.
Big Data na construção civil
Com o isolamento social, os clientes deixaram de sair na rua batendo em portas de lojas de materiais para construção para pedir orçamentos; esse processo aconteceu online, através de sites e redes sociais. Nesse cenário, esses estabelecimentos se viram obrigados a migrar para o mundo digital e iniciar o atendimento online para sobreviver e impulsionar suas vendas.
Entretanto, esses esforços de nada adiantam, se não estiverem aliados ao Big Data, que aponta aos comerciantes onde estão as obras em andamento na região e quais as demandas de cada uma, para que eles busquem o cliente ao invés de aguardá-lo chegar ao balcão ou ser atingido virtualmente. Trata-se de uma estratégia muito mais incisiva e assertiva.
O contexto atual fez com que as empresas começassem a entender que o meio mais eficaz de projetar seus negócios é construindo um relacionamento com o cliente e entendendo como ajudá-lo da melhor forma. Assim, o principal objetivo do Big Data é fazer a ponte entre as duas partes, para que dessa maneira seja possível entender a demanda que o cliente procura e firmar uma relação de confiança que pode também ajudar em negócios futuros.
O trabalho de prospecção hoje não é uma opção, ele é fundamental para a sobrevivência de qualquer empresa. Criar uma presença digital é fazer uma prospecção passiva; é esperar que a sua visibilidade nas redes traga o cliente até você, enquanto o Big Data te leva até ele. O mais importante é ter uma prospecção passiva combinada à ativa, mirando a estabilidade e uma receita previsível. Essa foi a grande conquista dessa tecnologia em meio à pandemia.
Wanderson Leite é o idealizador do YES Menu. Formado em administração de empresas, ele também está à frente da Prospecta Obras, Big Data capaz de mapear obras em andamento e a iniciar em todo o país; da ProAtiva, app de treinamentos corporativos digitais; e da ASAS VR, startup que leva realidade virtual para as empresas.