Por Wally Niz
A aceleração digital não só impactou as formas de trabalho, como também alterou o planejamento anual das empresas, sobretudo a divisão do seu orçamento.
Levantamento da Talenses Group, holding especializada no recrutamento de profissionais, mostrou que das 375 companhias entrevistadas no país, 70% acreditam que o trabalho remoto tende a se manter (integral ou parcial), mesmo após a pandemia.
Em outro estudo, realizado pela Pulso Empresa, do IBGE, de 3,4 milhões de empresas no Brasil, 33,5% afirmaram que a pandemia teve efeito negativo sobre seus negócios e 32,9% indicaram diminuição sobre as vendas ou os serviços comercializados.
Ainda de acordo com a mesma pesquisa, um contingente considerável (46,8%) alegou dificuldade para acessar fornecedores de insumos, matérias-primas ou mercadorias e 40,3% disseram ter tido dificuldades para realizar pagamentos de rotina.
Maiores porcentuais revelam problemas
Percebemos que os maiores porcentuais revelam problemas e situações que podem acarretar mais gastos de tempo e dinheiro. Prejuízos que são, em muitos casos, irreversíveis.
Sob esse prisma, profissionais dos setores de TI e Telecom assumem o papel de “super-heróis”. Isso porque, diante do cenário desafiador, têm de viabilizar a digitalização de processos e prover soluções inovadoras em tempo recorde que maximizem o desempenho das empresas, reduzindo custos e aumentando seu potencial produtivo.
Ao encontro dessas soluções, observamos, por exemplo, aumento de 189% do número de aplicativos corporativos baixados em dispositivos móveis em apenas um mês. Nossos registros também mostram crescimento de mais de 250% em aplicativos de videoconferência e comunicação banda larga. Isso sem contar o crescimento de serviços de telefonia.
A expressão “novo normal” está dando lugar a uma tendência que veio para ficar e evidencia, de fato, uma mudança de comportamento.
Neste momento, contar com soluções que ajudem, sobretudo, o planejamento e a gestão do orçamento é essencial. De acordo com a IDC, 42% das empresas disseram que seu orçamento para o próximo ano será maior do que o previsto antes da pandemia. A alocação dos investimentos internos deve ser feita de forma ordenada e acompanhada de perto.
*Wally Niz é diretor de marketing e vendas da Navita e especialista em gestão de custos corporativos.