Maria Funari é Head de Desenvolvimento Humanos da Accesstage Divulgação
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*Maria Funari

2020. O ano marcado pela pandemia do coronavírus acabou. Não a pandemia, claro, mas o ano dos pesadelos sim. Quem diria que ficaríamos tanto tempo de forma isolada, nos protegendo, sem contato? Mas passou e 2021 já está se aconchegando nos lares. Este é um ano muito esperado, por todos, e quando dizemos “todos”, podemos colocar a população mundial em contagem. O mundo espera por 2021. Janeiro, já não é mais uma realidade, viramos o mês. O que você traz de bagagem para esses novos dias?

É impossível dizer que você tirou apenas catástrofes e desilusões do ano anterior. Você pode não ter percebido, mas foi um ano inteiro de aprendizagem: dia e noite, tudo era novidade. Façamos agora uma reflexão rápida, mas prática para entender o que foi 2020 em nossas vidas. Você pode ter perdido um emprego, um familiar, amigos, sonhos, mas certeza que entendeu o valor de todos eles, mesmo o que ficou lá atrás.

Mas posso te dar uma dica? Faça um 2021 diferente. Você já entendeu que o simples é mais e não se pode medir anos, mas sim, momentos. A experiência de vida serve para impulsionar para frente, com base no aprendizado de 2020. A chave da adaptação é aceitar a nova realidade – o novo normal não é mais novo, é o normal!

A vida está nos convidando para uma jornada de autoconhecimento, parou para refletir sobre isso? Está sob as nossas mãos a liberdade e a responsabilidade de organizar as nossas vidas, nossa rotina e não mais delegar isso a terceiros. Um ano já é o suficiente de aprendizado para colocar tudo em prática. Precisamos entender que é necessário bancar as próprias escolhas, o que te faz bem precisa ser o primeiro critério para tudo na vida. É importante ressaltar que o seu estado emocional, te mostra o controle interno que você tem. Pratique isso.

Planos para o ano

É uma prática comum planejarmos o ano. Até o começo de 2020, isso era possível. Mas com tudo, vemos que os planos são extremamente mutáveis e que as desilusões, apesar de constantes, precisam ser amenizadas para que você seja feliz com as conquistas que faz, diariamente. E se tem um período que te ensinou a viver de momentos, foi o ano anterior.

É claro que fazer planos é natural, eu diria que até mesmo é saudável, mas por que planejar o ano? Por que não planejar as metas mais palpáveis? Isso não te limita a não desejar o maior, mas te faz chegar lá, pois a cada pequena conquista, você caminha para a grande meta. Isso porque, o seu estado mental está completamente satisfeito em reconhecer que as vitórias diárias são tão importantes quanto as metas a longo prazo.

Exemplo: Por que fazer meta de ir à academia três, quatro, cinco vezes na semana, sendo que de acordo com sua rotina de trabalho, estudos, cuidados com a casa, filhos, te possibilita ir apenas dois dias? Comemore os dois dias que pôde ir! A palavra-chave é celebrar. As pessoas se sabotam e não celebram a felicidade. Temos de ser cada vez mais parceiros de si mesmos. Se você conseguir planejar o mês que está por vir já é uma grande vantagem. O ser humano procura a perfeição, mas não existe. Desapegue de ficar criando expectativas.

 E a liderança, como fica?

Não podemos esquecer: uma coisa é delegar, outra é “delargar” – o acompanhamento da liderança não mudou, só intensificou, se o líder já tinha de fazer algo, agora ele precisa fazer muito mais. O contato e a fala do coordenador é fundamental para estimular a comunicação. Se o rendimento caiu, automaticamente, tudo fica abalado. O orientador precisa saber que quando ele está falando da equipe, ele está falando dele mesmo, é um jogo de reflexos.

Uma dica que fica: estabeleça uma rotina com seu time – não somente de trabalho, mas, procurar saber como está com a casa e a rotina da equipe. Converse para entender quais são as preocupações das pessoas, o que talvez possa estar desmotivando-as no serviço, além de diminuir a distância da relação interpessoal, isso evita, muitas vezes, ligações de cobranças de serviço, por exemplo, porque o líder sabe o que está acontecendo no dia-a-dia.

É preciso entender que não foi a casa que invadiu o trabalho, foi o trabalho que invadiu a casa e entender essa separação é primordial. E claro, não depende da empresa, de uma fórmula, cada um tem que parar pra refletir que é um ser humano único. A pessoa do trabalho e da família é a mesma pessoa, o mundo está cobrando que sejamos um ser único, ouso em falar em sermos líderes de nós mesmos.

A produtividade

Todo mundo tinha medo do home-office porque achava que não ia trabalhar, porém, tudo se intensificou, ou seja, quem não produzia, continuou não produzindo, quem não gostava de ficar em casa, por exemplo, passou a ter problemas. Em contra partida, quem fazia muito, passou a fazer ainda mais.

E depois da pandemia?

Não posso esperar que todos estejam vacinados para voltar a vida aos poucos, considerando tudo que aprendemos. O fim da pandemia não é um cenário para se basear, mas sim, no que temos agora. Com o que tem em mãos, você consegue fazer diferente do que já foi feito? E se eu te perguntar se você é uma pessoa feliz, o que me diz? Vai aguardar a pandemia acabar para falar “agora sou feliz”?

Temos a possibilidade de sermos felizes todos os dias. Repare bem nas palavras: todos os dias. Eu não disse em todos os momentos. Há horas do dia que somos felizes, como: em algum trabalho que fizemos, quando fazemos algo para nós mesmos, quando vemos uma situação bacana nas ruas. Algo te fez feliz. Você é feliz, só precisa achar onde ela está e não quando ela vai chegar.

*Maria Funari é Head de Desenvolvimento Humanos da Accesstage, Techfin, que integra tecnologia e serviços para simplificar e promover maior performance na gestão financeira, tem como posicionamento empoderar os gestores financeiros por meio de tecnologias para ver, prever e agir, assim tornando-os confiantes para tomar decisões acertadas.

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