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Uma pesquisa realizada pelo Laboratório de Interação Virtual Humana, da Universidade de Stanford, constatou que as reuniões realizadas em ambientes digitais são mais estressantes e fatigantes do que as reuniões convencionais, em que os participantes ficam ‘cara a cara’.

De forma geral, os resultados indicaram que as mulheres são as mais afetadas pelos elevados níveis de fadiga, em comparação com os homens. Mas isso não é uma regra, e esses indicadores mudam conforme o avanço da idade, encontrando o mesmo patamar em ambos os sexos a partir dos 55 anos.

Para o Prof. Dr. Filippo Pedrinola, isso acontece porque o desgaste vai além do cansaço físico. “Em um período como esse que estamos vivendo, o cansaço físico é só um adendo. As pessoas não podem sair de casa, deixam de frequentar academia e outros ambientes de atividade física, o psicológico fica abalado e tudo o que mais queremos é que o tempo passe e as coisas voltem ao normal. Consequentemente, tornamo-nos preguiçosos, e isso acaba afetando todos os setores da vida. A reunião digital apenas consuma o período difícil”.

De fato, descuidar da saúde fará com que o Covid-19 não seja o único problema que vai gerar preocupação. A mudança brusca no estilo de vida pode trazer doenças oportunistas e crônicas, por isso é importante o alerta para não se descuidar dos cinco pilares para uma vida saudável.

Cuidar da saúde em casa é possível, necessário e não requer esforços

Adequar o estilo de vida focando no equilíbrio dos pilares essenciais ao ser humano é fundamental porque, por mais que todos estejam ansiosos para que as coisas voltem ao normal, o corpo ainda precisa continuar ativo a fim de não sofrer com as consequências de um longo período de inatividade que poderia ter sido evitado.

A alimentação, controle emocional, atividades físicas, sono e espiritualidade são, de acordo com o protocolo Medicina Estilo de Vida do Dr. Filippo Pedrinola, os pilares essenciais para um estilo de vida saudável.

Esse conjunto, quando trabalhado em equilíbrio, consegue estabelecer o bem-estar necessário tanto para a mente quanto para o corpo, acarretando na diminuição dos sintomas decorrentes do estilo de vida moderno.

O Dr. Filippo Pedrinola explica por que é importante cuidar desse conjunto.

“Após o expediente de trabalho, a pessoa pode fazer uma hora de exercícios físicos em casa, improvisando equipamentos e pesos. Isso já é suficiente para que o corpo mantenha o ritmo e o cérebro comece a trabalhar liberando os hormônios de felicidade e bem-estar. Com isso, a ansiedade diminui, e a consequência é perfeita: a fome causada por ela também vai embora, eliminando todas as possibilidades de ganho de peso”.

Saúde além da alimentação e exercícios físicos

Quando se fala em bem-estar, logo vem à mente a prática de exercícios e alimentação saudável, mas o sono e a espiritualidade também estão inclusos nesse estilo de vida. E, como muitos podem pensar, a espiritualidade não está relacionada com religião, mas sim com a ligação do indivíduo àquilo que ama.

“A espiritualidade é a ligação do indivíduo para consigo mesmo, com seus familiares, amigos e com o universo. Meditação e ioga são práticas que oferecem essa ligação íntima e ajudam muito na paz interior”, declara Pedrinola.

E o sono não pode ficar de lado, pois é durante esse período em que é refeita toda a bioquímica celular do corpo humano. O ideal é que se alcance um tempo de aproximadamente 7h30 de descanso para o corpo conseguir completar todos os processos durante as 6 fases do sono.

“Com a privação do sono, os hormônios ficam desregulados, gerando uma hiperprodução de grelina, produzida no estômago e responsável por nos fazer sentir fome. Uma hipoprodução de leptina, desenvolvida nas células de gordura, responsável pelo aumento da fome e maior produção nos níveis de cortisol, hormônio responsável pelo estresse. Então tudo está interligado. O ideal é sempre se manter alerta ao seu relógio biológico e criar uma rotina diária, como um horário certo para ir dormir, evitar usar o celular pelo menos 30 minutos antes de se deitar e evitar o consumo de certos alimentos que podem estimular o cérebro ao invés de relaxar. Se, mesmo assim, ainda sentir dificuldades para dormir, o ideal é procurar a ajuda de um médico”, declara Pedrinola.

Acesse a pesquisa na íntegra por meio do link: https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=3844219

Sobre o Dr. Filippo Pedrinola

O Dr. Filippo Pedrinola, criador do protocolo Medicina de Estilo de Vida, é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) com residência médica em clínica e endocrinologia no Hospital das Clínicas de São Paulo.

Após período de um ano do Fellowship Program do Cedars Sinai Medical Center da University of California em Los Angeles (UCLA), concluiu doutorado em endocrinologia pela Faculdade de Medicida da USP.

É membro da The Endocrine Society dos Estados Unidos, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e da Associação Brasileira de Estudos sobre Obesidade (ABESO).

Possui certificação em medicina mente-corpo pelo Body-Mind Institute da Harvard Medical School, pela International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) e pela University of Texas em Arlington (UTA).

Além de estar à frente de suas clínicas médicas próprias, faz parte do corpo clínico do Hospital Albert Einsten e do Hospital BP Mirante, neste último é Coordenador do Núcleo de Bem-Estar e Terapias Integrativas.

Redação
Equipe de Redação

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