Inteligência artificial australiana para finanças chega ao Brasil
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A solução “Cash Flow Story” é utilizada em mais de 40 países, por médias e grandes corporações, e é adorada pelos CFOs e gestores financeiros lá fora.

A accountech brasileira ROIT acaba de fechar uma parceria exclusiva, que trará para o país a renomada metodologia “Cash Flow Story” (CFS), que, inspirada no Storytelling, conta com estratégias avançadas para a “história do fluxo de caixa”. Com o acordo, será a estreia da CFS – que tem sede na Austrália – no mercado brasileiro.

A corporação, fundada em 2013 por profissionais que já acumulavam mais de 20 anos de experiência, está presente em mais de 40 países e faz parte do dia-a-dia de mais de 1.000 CFOs e gestores financeiros das médias e grandes empresas lá fora. A solução “Cash Flow Story” é uma metodologia, suportada em um software em nuvem, extremamente simples e objetiva, porém robusta. Pela parceria, a ROIT incorpora a seu portfólio não apenas o software, como também a metodologia desenvolvida pela australiana, que capacitará 50 profissionais da ROIT, entre contadores, tributaristas e gestores financeiros.

“Cash Flow Story” é tão relevante para as empresas que tem um capítulo só seu no livro Scaling Up, escrito por Verne Harnish. O Scaling Up é o método recomendado e aplicado globalmente pela Endeavor, que acelera empreendedores e negócios em mais de 30 países, incluindo o Brasil, e conta com conselheiros como Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira, Pedro Passos, Rodrigo Galindo e outros grandes empreendedores brasileiros.

Para o fundador e CEO da ROIT, Lucas Ribeiro, a convergência de propósitos entre a accountech que dirige e a Cash Flow Story foi decisiva para a parceria. “Nossos clientes e o mercado sempre nos demandaram uma maneira simples e visualmente rápida de interpretar a contabilidade e os números financeiros, porque nunca foi o foco da contabilidade e dos ERPs essa entrega, em especial, de forma tão assertiva como os criadores da CFS conseguiram”, adianta.

A solução da Cash Flow Story, continua Ribeiro, atua em uma mescla de papéis, com o preparo dos dados (comumente feito por um FP&A), extraídos do ERP e da contabilidade, dando poder ao gestor financeiro/CFO e outros diretores ou sócios, para simulações rápidas e análises de números que realmente fazem a diferença, usando, por exemplo, o método “The Power of One”, presente na solução CFS. “Os procedimentos e atividades desempenhados pelo software são amplos e precisos, dotando o CFO [diretor financeiro] de dados e relatórios consistentes para a tomada de decisões e ações, e para auxiliar os demais líderes da organização em sua gestão”, ilustra o executivo da ROIT.

Empresa Unicórnio

A parceria com a australiana vai ser decisiva para a brasileira ROIT iniciar 2021 – quando completa, em janeiro, cinco anos – alçando um outro patamar, vislumbra Lucas Ribeiro. A empresa projeta um faturamento de R$ 45 milhões no próximo ano, e até 2023, prevê atingir o valor de mercado de U$ 1 bilhão: marca que a caracteriza como Unicórnio

A projeção é sustentada tanto em razão da nova solução vinda da Austrália, como da consolidação do ROIT BANK (para gestão contábil e financeira das organizações) e do ROIT People (para gestão de recursos humanos), outros dois produtos, estes próprios, do portfólio da ROIT. “Nossas soluções são disruptivas para a gestão contábil, fiscal e financeira, mas nos faltava um poder de análise ao final, amparado por uma metodologia consolidada para a tomada de decisões financeiras”, sublinha Ribeiro.

Números que impressionam

A ROIT é pioneira no desenvolvimento de Inteligência Artificial (IA) para todas as etapas necessárias ao contábil, fiscal e financeiro de empresas no Lucro Real. Os números dos robôs da ROIT impressionam: estão perto dos dois bilhões de cenários tributários gerados com Inteligência Artificial e mais de oito milhões de lançamentos contábeis feitos de maneira automática, com 98% de acuracidade.

Cabe destacar que a ROIT inverteu o processo contábil clássico das empresas, o que é altamente inovador e só é viável graças à inteligência artificial e ao uso da robotização, RPA (robotic process automation).

“Mesmo os processos operacionais mais complexos, que exigiam interação humana, já são feitos por meio da robotização, combinada com a IA. O profissional de contabilidade tem que atuar apenas nas etapas essencialmente estratégicas. Isso tem garantido a prestação de serviço de gestão contábil, fiscal e financeira não só mais veloz, como extremamente assertiva. É a contabilidade no estado da arte, em ‘tempo real’”, frisa Lucas Ribeiro.

Investimentos em equipes

Os resultados alcançados pela ROIT vêm de investimentos constantes em tecnologia, observa o executivo. Nas equipes de desenvolvimento de soluções tecnológicas, o quadro de pessoal praticamente triplicou em menos de um ano, sublinha Ribeiro. “Cresceu muito: saímos de 22 pessoas no time de desenvolvimento, em 2019, para mais de 70, em 2020”. Parte atua presencialmente, porém a maioria segue em home office.

Além disso, e apesar da crise socioeconômica decorrente da pandemia de Covid-19, a empresa mantém um quadro com mais de 150 colaboradores e 30 vagas para profissionais altamente capacitados na área de tecnologia da informação (TI), sem possuir fundos de investimento, tudo com capital do próprio negócio.

ROIT BANK E ROIT PEOPLE

Frutos do investimento constante em robotização e inteligência artificial são os produtos ROIT Bank e ROIT People – que representam novas frentes de atuação da ROIT e a caracterizam como accountech. São soluções que vão ao encontro de uma tendência que Lucas Ribeiro vem antecipando há um tempo: a de que escritórios e profissionais contábeis devem atuar cada vez mais como gestores financeiros, estratégicos e de recursos humanos nas empresas, e não apenas como meros executores de processamentos burocráticos.

“O ROIT Bank funciona como um ‘banco que contabiliza’. O ROIT People cuida da gestão e relacionamento com os recursos humanos da organização”, ilustra Ribeiro. Com isso, ele assinala que as empresas passam a se dedicar ao planejamento e decisões estratégicas a partir de números confiáveis e diários, e não mais com uma contabilidade “espelho retrovisor”, arcaica, atrasada e ineficiente.

Trajetória

Por fim, Ribeiro destaca a trajetória da ROIT neste primeiro meio decênio de vida. Estreando como “Especialista em Lucro Real” em 2016, com apenas 12 pessoas e em um ano de grave conturbação política e econômica no país, no exercício seguinte a empresa mudou para uma sede maior, ao expandir seu portfólio de clientes e sua equipe, passando de 70 pessoas.

Em 2018, atuou decisivamente nas discussões em torno de propostas de reforma tributária, abriu nova unidade em Brasília, iniciou o desenvolvimento próprio de soluções tecnológicas altamente inovadoras, com Inteligência Artificial e RPA, passando da marca de 100 colaboradores.

Em 2020, a ROIT se reposicionou no mercado, constituindo-se em uma accountech – isto é, desenvolvedora e fornecedora de soluções tecnológicas e altamente inovadoras, de serviços contábeis, fiscais, financeiros e de folha.

Redação
Equipe de Redação

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