*Leonardo Muller
As bruscas e inesperadas transformações do último ano intensificaram a competitividade entre as empresas, cenário que reforçou a importância do uso racional dos recursos para a sobrevivência ou a prosperidade dos negócios. Uma ferramenta de eficácia indiscutível é a adoção de tecnologias que ajudem a otimizar processos, automatizar tarefas, reduzir erros nas operações e consolidar informações relevantes para que os gestores tomem as melhores decisões, entre muitas outras aplicações.
O ambiente envolve, ainda, uma aceleração sem precedentes do desenvolvimento de novas tecnologias, movimento que pressiona as empresas a atualizar seu parque de hardware (computadores, notebooks, servidores, monitores, smartphones e periféricos) em intervalos cada vez mais curtos. Afinal, novos aplicativos são lançados todos os dias e muitos deles requerem atualização de sistemas operacionais e, consequentemente, de equipamentos também atualizados.
O ponto é que nem sempre as empresas, espremidas pelos efeitos danosos da pandemia, têm caixa para arcar com tamanha e frequente despesa — mesmo que esse desembolso tenha caráter de investimento no negócio. As disponibilidades ficam ainda mais restritas diante da valorização do dólar, que impulsionou o aumento de cerca de 50% nos preços de computadores e notebooks novos no último ano. A própria emergência sanitária representou um papel de pressão sobre os preços, à medida em que por alguns períodos a China, principal fornecedor global, não deu conta de manter o abastecimento de componentes.
Alternativas
Há, no entanto, uma alternativa para as empresas contornarem essas dificuldades, e essa opção pode ser particularmente relevante para as pequenas e médias empresas (PMEs). Trata-se da aquisição de equipamentos seminovos.
Na última década, esse mercado secundário conquistou credibilidade com a entrada de players qualificados. Esses agentes da cadeia de suprimentos de TI oferecem certificação e garantia de hardware, assegurando a durabilidade dos produtos. Grandes empresas já perceberam a viabilidade do modelo, e neste ano devem comprar cerca de meio milhão de máquinas seminovas no Brasil, entre notebooks e desktops. O volume representa quase um terço das vendas totais de novos equipamentos.
Uma das vantagens mais evidentes da aquisição de seminovos está na relação entre custo e benefício, que melhora quanto mais equipamentos são comprados. Considerando que um seminovo custa, em média, o equivalente a 40% do produto novo, uma empresa consegue, pelo mesmo valor, incorporar entre 15 e 20 máquinas seminovas no lugar de apenas dez novas.
E existe uma destinação certeira para esses equipamentos seminovos: podem ser usados por colaboradores de áreas administrativas em atividades que não exigem nem alta capacidade de processamento nem robustez — como, por exemplo, a produção de documentos e planilhas e a alimentação de sistemas ERP. Há também um fator relacionado ao próprio avanço das tecnologias. Como existem cada vez mais dados em nuvem, os equipamentos utilizados por áreas administrativas e afins já não precisam ter grandes capacidades de armazenamento. Nessa dinâmica, o hardware seminovo pode perfeitamente atender as necessidades das empresas.
Em relação as PMEs
Ao decidir por equipamentos seminovos, as PMEs precisam observar aspectos essenciais, como a seleção de fornecedores que apresentem certificação (não apenas de procedência das máquinas, mas também do sistema operacional) e ofereçam garantia de pelo menos um ano. É igualmente aconselhável considerar o destino do equipamento ao final de sua vida útil, escolhendo fornecedores que trabalhem com modelos ambientalmente sustentáveis. Outra questão fundamental: cuidar para que o processo de sanitização das informações salvas nas máquinas seminovas adquiridas seja eficiente e esteja em conformidade com o que estabelece a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
É necessária, ainda, atenção ao atendimento pós-venda. Todo equipamento, novo ou usado, em algum momento demandará manutenção. A questão principal é garantir meios de reduzir o downtime dos colaboradores. Grandes corporações dispõem de muitos equipamentos e conseguem repor rapidamente uma máquina que eventualmente tenha que ter sido levada para reparo. Mas essa não é a realidade das PMEs. Como têm poucos equipamentos, a falta de um deles pode causar grandes transtornos para o negócio. Daí a importância de trabalharem com parceiros que assegurem a devolução da máquina em um ou dois dias, no máximo.
Em tempos difíceis, o crescimento — e até a sobrevivência — de um negócio depende de capacidade de adaptação. Não existem receitas prontas; cada empresa precisa avaliar suas necessidades reais e as alternativas disponíveis para atendê-las. No caso de infraestrutura, isso pode significar a combinação de vários modelos, como o uso de hardware novo, seminovo e locado, por exemplo. O importante é que os empresários conheçam bem as atividades desenvolvidas dentro de seus espaços e, com sabedoria, escolham os recursos necessários para cada perfil.
*Leonardo Muller é diretor Comercial da Agasus, referência nacional em locação de hardware para TI pelo modelo Hardware as a Service (HaaS)
Sobre a Agasus
Desde 2000, a Agasus atua no mercado de locação de equipamentos, outsourcing e soluções em TI. Compartilha hardware e inteligência para desenvolver soluções customizadas para cada cliente, de acordo com a necessidade, independentemente da área de atuação.
A Agasus possui recursos e infraestrutura suficiente para fornecer desde os equipamentos até o atendimento ao usuário final através do Service Desk. Proporciona consultoria adequada ao projeto do início ao fim, com disponibilidade de infraestrutura baseado em ITSM, ITIL, Cobit, entre outras. Suporta um parque superior a 70.000 ativos próprios e dos clientes, instalados em 186 cidades, em 12 estados do Brasil.