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A Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese) anunciou os resultados do balanço do mercado de segurança eletrônica em 2020. Com crescimento de 13%, o setor superou a expectativa prevista de 12% (+1%). Apesar de um ano difícil economicamente, o segmento tornou-se essencial para colaborar no enfrentamento da pandemia. O crescimento acima da média reflete o aumento da adesão de câmeras termográficas, videomonitoramento e portarias remotas.

A presidente da Abese, Selma Migliori, explica que em um mundo onde o contato físico está restrito, os dispositivos inteligentes são vitais para diferentes setores – como telemedicina, a segurança no varejo e escolas, agronegócio e para serviços logísticos. A especialista não ignora o impacto inicial causado pelo cenário mundial, mas ressalta o reposicionamento rápido das empresas do setor que adaptaram seus recursos à nova realidade e conseguiram não só se manter, mas projetar considerável crescimento.

“Entendemos e enfatizamos que estes pontos não anulam a força da pandemia, mas explicitam o quanto nossas soluções colaboraram para garantir segurança e conforto durante o isolamento social. Dentre as tecnologias que impactaram o resultado identificamos a portaria remota, câmeras termográficas e soluções integradas de videomonitoramento que foram solicitadas por condomínios comerciais, áreas de eventos e outros espaços que permaneceram fechados, mas que precisavam estar atentos à possíveis invasões e roubos”, detalha Migliori.

Expectativas para 2021

Os resultados foram consolidados na Pesquisa Panorama 2020 e Tendências do Mercado para 2021. O levantamento ouviu 385 profissionais de diversos segmentos da Segurança Eletrônica (Indústria, Distribuidores, Desenvolvedores de Software e Prestadores de serviços) e indicou algumas expectativas para os próximos meses. O estudo, realizado entre novembro de 2020 e janeiro de 2021, indica que o setor continua otimista: mais de 60% das empresas estimam um crescimento de até 15% em 2021.

Com foco na manutenção dos mercados conquistados durante o último ano e na retomada das negociações interrompidas pela pandemia, a indústria pretende abrir vagas para contratação de novos funcionários em diversas áreas, as principais serão: Comercial (57%), Técnica (39%) e Administrativa (32%). No entanto, também se destacam o setor de Marketing (28%) e para uma nova função que ganhará espaço nos próximos anos, o Encarregado de Dados – que cuidará das adequações referentes à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

O crescente interesse nas tecnologias, produtos e serviços de segurança eletrônica também acarretam na responsabilidade do uso dos dados e informações coletadas pelos dispositivos, como imagens, impressões digitais ou dados pessoais. “A pandemia atrasou a entrada da LGPD no Brasil, lei que vai regulamentar a coleta, armazenamento e tratamento de dados pessoais. Contudo, estamos certos que veremos crescer as contratações de DPOs e profissionais especializados em segurança de dados nos próximos dois anos”, comenta Selma Migliori.

Redação
Equipe de Redação

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