AdaptBrasil MCTI
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Solução visa consolidar, integrar e disseminar informações sobre os impactos das mudanças climáticas em todo o território nacional.

Como parte da programação da 17ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), em Brasília, com o tema “Inteligência Artificial: a Nova Fronteira da Ciência Brasileira”, aconteceu nesta quinta-feira (10/12) o seminário do “AdaptaBrasil MCTI – Contribuição da Ciência para medidas de Adaptação”, que teve como principal objetivo a apresentação da plataforma aos parceiros do Governo Federal.

Desenvolvida pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com fomento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a plataforma AdaptaBrasil MCTI tem como função consolidar, integrar e disseminar informações sobre os impactos das mudanças climáticas no território nacional. A tecnologia também indica as tendências dos impactos das alterações e oscilações do clima em diversos setores da economia, na sociedade e no ambiente, podendo auxiliar na proposição, formulação e avaliação de ações de adaptação.

A abertura do evento contou com representantes das instituições desenvolvedoras da solução tecnológica. Márcio Rojas da Cruz, Coordenador-Geral de Ciências do Clima e Sustentabilidade do MCTI abriu os microfones. “Há cerca de dois anos, o MCTI deu início ao desenvolvimento de uma plataforma que tinha como objetivo monitorar os impactos das mudanças climáticas e oferecer uma série de informações relevantes para vários atores da nossa sociedade: iniciativa privada, tomadores de decisão, governos, pesquisadores e sociedade como um todo, de tal forma que todas as decisões tomadas tivessem como base a melhor ciência disponível”, relembra.

Nelson Simões, diretor-geral da RNP, endossou: “Nós, da RNP, nos sentimos muito honrados e felizes por termos sido convidados para essa construção em conjunto sobre impactos climáticos. Foi um longo processo de criação. Ainda em 2018, nós começamos a juntar um grupo de investigadores, especialistas, pessoas preocupadas com esse assunto para pensar e modelar em conjunto. E foi só a partir disso que conseguimos construir o AdaptaBrasil, mobilizando o melhor do conhecimento, o melhor das unidades de pesquisa e das instituições do Brasil”.

O AdaptaBrasil conta com diversos provedores de dados, entre eles, a própria RNP, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e os Ministérios da Saúde; Meio Ambiente; e Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Esses dados alimentam três setores estratégicos: água (com 27 indicadores), alimento (35 indicadores) e energia (23 indicadores). Já o risco de impacto é traçado por três elementos: vulnerabilidade, ameaça climática e exposição. Com base nesses indicadores, é possível ter previsões pessimistas ou otimistas para os anos 2030 e 2050 que podem ser consultadas por gestores e técnicos de governos locais, estaduais e nacional; associações; setor privado e sociedade civil; técnicos que trabalham no Plano Nacional de Adaptação e instituições acadêmicas, permitindo ser utilizada para embasamento e formulação de políticas públicas por meio de evidências científicas.

A plataforma pode, também, apoiar na produção de conhecimento especializado e na melhor compreensão sobre como a variabilidade e a mudança climática afetam os sistemas naturais e humanos no Brasil, promovendo maior conscientização ambiental da sociedade civil e contribuindo com um menor risco de investimento para os setores público e privado.

“O AdaptaBrasil é uma ferramenta importante e tem todo um pensar, uma construção científica, tecnológica e intelectual muito profunda. É uma ferramenta que pode subsidiar ao Governo e ao Estado na tomada de decisão. Ela mapeia, identifica e consolida as informações associadas aos efeitos causados pelos extremos climáticos. Isso é um processo de constante construção que visa, justamente, consolidar, integrar e disseminar informações que possibilitem o avanço nas análises dos impactos, observados e projetados”, comenta Clezio de Nardin, diretor do INPE.

Redação
Equipe de Redação

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