Tecnologia

Setor de TI terá déficit de 408 mil profissionais até 2022

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O setor de tecnologia da informação (TI) enfrenta um grande desafio: o déficit de profissionais. Estudos do mercado apontam que, no Brasil, essa carência deve equivaler a mais de 408 mil postos de trabalho até 2022.

Devido à escassez de pessoal, as perdas acumuladas nos últimos dez anos (2010-2020) alcançam R$ 167 bilhões.

Os dados são de um levantamento da Softex, organização social voltada ao fomento da área de TI e que integra o Projeto TechDev Paraná, iniciativa que reúne entidades empresárias e públicas com o objetivo de desenvolver atividades de TI.

Entre elas estão a regional paranaense da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-PR), o Governo do Estado e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação.

Como resolver o problema?

Para tentar resolver o problema, atualmente, o projeto aplica duas pesquisas para identificar gargalos e demandas em recursos humanos do setor.

Uma pesquisa busca obter o mapeamento das vagas existentes na área e averiguar onde é recorrente a carência de mão de obra.

É voltado a empresas, que respondem a um formulário com questões relacionadas ao porte, segmento de atuação e perfil do empreendimento; e ainda sobre formas de recrutamento de pessoal, de estágio, de manutenção de colaboradores, entre outras questões referentes à gestão de pessoas.

Por sua vez, a segunda pesquisa tem o objetivo de investigar competências necessárias de hard skills e soft skills. O primeiro termo significa o conjunto de habilidades profissionais tidas como quantificáveis, isto é, que podem ser mensuradas de alguma forma.

Por exemplo, certificações obtidas pelos profissionais, sua formação acadêmica e complementar, entre outras características. Já o termo soft skills diz respeito a competências mais subjetivas, como criatividade, inteligência emocional e pensamento analítico.

Para o diretor-presidente da Assespro-PR, Lucas Ribeiro, o diagnóstico vai permitir tanto a empreendedores como a gestores públicos estabelecerem ações mais efetivas em prol do desenvolvimento do setor de inovação.

O dirigente destaca o protagonismo do Paraná nesse cenário de potencialidades na área de tecnologia da informação. Por isso, assinala ser fundamental a participação das empresas nas duas pesquisas em andamento dentro do TechDev Paraná.

Lucas Ribeiro, Presidente da Assespro-PR e CEO do ROIT BANK.

“De acordo com Acate Tech Report 2020, o Paraná é o segundo estado em faturamento em TI – no último período, registrou crescimento de 25,4%. É, ainda, o segundo estado em número de novos profissionais formados e o quarto em folha salarial no total das atividades econômicas no Brasil”, expõe Ribeiro, que também é CEO do ROIT BANK – accountech e fintech do Paraná.

Atividades de agricultura e pecuária, indústria de alimentos e smart grid (gestão automatizada do setor elétrico) estão entre os destaques em geração de empregos em TI, no Paraná, cita o dirigente.

Enfrentar a falta de mão de obra qualificada é fundamental para o Brasil não deixar escapar a oportunidade de ser referência no mercado global de TI, adverte Ribeiro.

Atualmente, o país é o 10º maior do mundo, e líder na América Latina, respondendo por 40% desse mercado regional, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES).

O TechDev Paraná foi lançado em novembro último. Ribeiro ressalta a sinergia dos atores envolvidos.

“O objetivo é o de promover o ecossistema de tecnologia e inovação do Paraná conectando empresas, universidades, instituições de ciência e tecnologia e setor público”, sublinha o diretor-presidente da Assespro-PR.

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