Na manhã desta segunda-feira (3), os preços do petróleo registraram a maior variação intraday em mais de um ano, com alta de até 8%, depois que grandes produtores anunciaram um corte surpresa de mais de 1 milhão de barris por dia. Metade da redução será feita pela Arábia Saudita. Com o anúncio, analistas preveem que o barril do petróleo possa chegar a US$ 100.
Por volta de 7h20 (hora de Brasília), a alta perdeu um pouco de força. O West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, era cotado a US$ 79,58, com alta de 5,17%, enquanto o Brent era negociado a US$ 83,90, com avanço de 5,02%.
A decisão de Arábia Saudita, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Argélia e Omã terá validade a partir do próximo mês até o fim do ano, e representa a maior redução na produção desde que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortou dois milhões de barris por dia em outubro do ano passado..
Apesar dos pedidos dos Estados Unidos para aumentar a produção, a Rússia decidiu estender seu corte para 500 mil barris por dia. Logo em seguida, a Opep e seus aliados anunciaram uma redução surpresa de mais de 1 milhão de barris por dia, o que foi uma grande surpresa para o mercado, dada a retórica anterior do líder do grupo, a Arábia Saudita, de que manteria a produção. Essa decisão pode reacender temores recentes sobre inflação e um possível aperto monetário agressivo por parte dos bancos centrais, levando a economia global à recessão.
A Casa Branca criticou a decisão da OPEP+ como desfavorável às condições de mercado atuais e afirmou que os Estados Unidos colaborarão com produtores e consumidores para gerenciar os preços da gasolina para os americanos.