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*Ráfagan Abreu, CTO do transferbank

Se há um sonho que vem se tornando mais frequente entre os brasileiros é a vontade de conseguir um emprego no exterior. Uma amostra dessa realidade está em uma pesquisa realizada pela plataforma Futuros Possíveis e a empresa Opinion Box, que revela que aproximadamente 70% das pessoas levam em consideração a chance de trabalharem fora do Brasil por meio do home office.

Diante desse cenário, um dos principais desafios enfrentados pela população que almeja fazer esse movimento de carreira é a montagem de bons portfólios e currículos; afinal, com tamanha competitividade no mercado de trabalho, os concorrentes precisam dar uma primeira impressão para as companhias de que possuem os conhecimentos técnicos requisitados pela vaga, atendendo as expectativas daquela organização.

Como ter um bom portfólio para conseguir um emprego no exterior

Nesse sentido, há alguns caminhos para chamar a atenção dos recrutadores, como:

  • Garantir que destaques sejam notados em um formato internacional

A dica mais importante para construir um portfólio e um currículo de qualidade, sem dúvidas, envolve a ciência de que as lideranças e o RH da empresa que está contratando olham para pessoas do mundo todo, não apenas brasileiros. Ou seja, estruturar esses documentos em línguas universais, como o inglês, é o ponto de partida para transmitir claramente as suas habilidades e histórico profissional.

Dentro dessa lógica, é importante ser direto em relação aos seus conhecimentos primários e não se retraia em mergulhar em diversas oportunidades.

Quanto mais coisas que não são relevantes forem realçadas, menos atenção para o melhor será direcionada. Portanto, a seleção de projetos de destaque e uma boa revisão de tempos em tempos nesses materiais tende a criar uma excelente imagem inicial da sua versão profissional.

O mesmo raciocínio se aplica às experiências e cursos que devem ser ressaltados no currículo, especialmente no que diz respeito ao grau de relevância. Títulos em universidades e certificações que têm provas difíceis são muito mais essenciais do que aqueles em que se ganha o diploma apenas assistindo às aulas.

  • Não há um template certo para a criação de currículos e portfólios

Quando o assunto é a personalização de currículos e portfólios, não há um modelo específico que o profissional que quer trabalhar no exterior precisa seguir. Muitas empresas, por exemplo, solicitam um currículo exclusivo quando o LinkedIn da pessoa não possui informações suficientes sobre aquela stack, ou simplesmente não usam a rede social corporativa como referência.

No entanto, existem algumas saídas que podem ajudar a construir esses documentos. É o caso de sites geradores de currículo, como o Canva, que tem usabilidade simples e esboços bonitos. Além disso, há áreas que dispõe de ótimas ferramentas para compilar projetos, como o Github para os desenvolvedores de software e especialistas de tecnologia, em que é possível anexar screenshots, gifs e vídeos.

  • Reforçar tanto Hard Skills quanto Soft Skills

Mesmo que a pessoa deva destacar os seus conhecimentos principais sem se alongar, não há como montar um currículo ou mostrar projetos aos recrutadores que não reforcem dois tipos de habilidades: as Hard Skills (técnicas) e Soft Skills (comportamentais).

Ainda que seja excelente em temas como Inteligência Artificial (IA) e estruturas de dados, é preciso enfatizar que sabe como trabalhar em equipe. Um dos maiores exemplos disso no setor de TI é a competência do Debugging, em que, ao mesmo tempo que o colaborador deve saber como coletar evidências do sistema e realizar correções pontuais, também deve ouvir relatos e comunicar com clareza as suas propostas de estratégias para resolver problemas.

  • Não esquecer que há outros passos importantes fora do portfólio

Por fim, é fundamental que não se esqueça que seus portfólios e currículos são apenas partes de um todo. Há outros detalhes essenciais para garantir que essa oportunidade seja sua, tanto no processo seletivo em si como em questões relacionadas ao próprio fato de trabalhar fora do Brasil; apenas para citar uma, a escolha por soluções financeiras de intermédio  dos pagamentos internacionais é uma delas.

Se possuir esse olhar ampliado, mas sem medo de abraçar novas oportunidades, com certeza terá a chance de mudar a sua carreira de uma forma muito positiva.

*Ráfagan Abreu é CTO do transferbank, uma das principais soluções de pagamentos e recebimentos internacionais do Brasil

Redação
Equipe de Redação

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