Qualidade de software é pauta prioritária em 2021
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Neste mês de março o Brasil completa Brasil completa um ano de isolamento social. De lá para cá, não houve um modelo de negócio que não tenha sido reestruturado. Alguns para não morrerem, como os restaurantes sem presença online, por exemplo; e outros para atenderem a uma demanda que explodiu do dia para a noite, como as empresas de delivery. Em função da mudança no perfil de consumo, os negócios digitais foram acelerados, o que colocou o software em evidência. E para sustentar esses negócios digitais, a qualidade de software, normalmente – e, erroneamente – associada apenas ao processo de testes no fim do processo de desenvolvimento, ganhou relevância.

É o que mostra o relatório “Next-gen Application Development & Maintenance (ADM) Services”, publicado pela consultoria ISG Provider Lens™, que traz uma análise dos desafios e tendências desse mercado e compara os pontos fortes e diferenciadores competitivos dos principais fornecedores.

“Cultura da qualidade passou a ser a prioridade em todas as reuniões que participo. O mercado finalmente entendeu que se não investir nisso, não sobrevive”, afirma Bruno Abreu, CEO da Sofist. “Até o momento, a qualidade era vista como um custo. Hoje, passa a ser considerada estratégica para o desempenho dos negócios digitais e isso é uma tendência que deve se manter nos próximos anos”, reforça Pedro L. Bicudo Maschio, analista ISG e autor do relatório.

Segundo o analista, “as empresas estão buscando novos fornecedores que possam contribuir para criar um programa de qualidade de software. Devido à expansão do escopo de testes, há espaço para que vários fornecedores atuem em um mesmo cliente, de acordo com suas especialidades. No entanto, a maior eficiência é quando se estabelece um programa que possa cobrir todos os aspectos da qualidade, desde o ponto no qual as novas ideias se tornam especificação funcional até o desempenho do sistema em produção. Na maioria das empresas há ainda muitas lacunas a serem preenchidas para completar um programa da qualidade de software e, por isso, o mercado está se modificando dinamicamente”.

E quais as principais tendências em qualidade de software para 2021?

Adoção de métodos ágeis e DevOps aliado ao QA

“Quem ainda não adotou agile e DevOps para evoluir a qualidade de seu processo de desenvolvimento de software, ao menos já declarou que tem a intenção de fazê-lo”, avalia Bruno Abreu. Essas práticas têm como objetivo dinamizar os processos e, muitas vezes, acelerar inovação. Dentro delas, a qualidade entra com o papel de mitigar erros ao longo de todo o desenvolvimento e também de operações, buscando um alinhamento frequente com as necessidades de negócio.

O relatório mostra que Shift-left e Shift-right, modelos que levam iniciativas da qualidade de software para etapas estratégicas do desenvolvimento, estão emergindo e devem continuar. “O mindset está mudando e os gestores perceberam que vale mais a pena trabalhar para evitar que os bugs aconteçam do que tentar solucionar os problemas depois”, comemora Bruno Abreu.

O Shift-Left traz os princípios de qualidade para mais cedo no processo de desenvolvimento, influenciando, por exemplo, product owners no processo de escrita de casos de uso ou até mesmo desenvolvedores a criarem código visando a concepção de um produto sem bugs e que ofereça a melhor experiência para os usuários finais. Já o Shift-Right leva o teste para outras etapas que não só a de desenvolvimento. Ele consiste em habilitar as aplicações para fornecer informações no ambiente de produção, geralmente por meio de logs que são capturados por painéis em tempo real. Este método inspeciona os logs para entender os gargalos de desempenho que devem ser corrigidos, ou problemas que devem ser incluídos em testes automatizados para evitar a ocorrência de erros em ambiente de produção.

Métodos de testes em evolução contínua

“Tradicionalmente os testes são: funcional, unitário, integrado, teste de interfaces e de desempenho. Vimos a expansão desse escopo com a inclusão de testes de segurança, teste de acesso (pentest), inspeção de código, segurança de dados, privacidade e testes de recuperação em caso de desastre”, explica Pedro.

Mas o relatório mostra que os métodos de teste também estão evoluindo, tornando-se mais complexos e completos. “Estratégias surgiram para otimizar o tempo necessário para a execução dos mesmos, além de novas fontes de dados para verificar a qualidade de um sistema”.

Além disso, a importância de testes em diversos aparelhos com tamanhos de tela, configurações e sistemas operacionais distintos continua a crescer. “A gama de dispositivos móveis disponíveis no mercado continua se ampliando”, afirma Abreu. “Aplicações funcionam de maneiras diferentes em cada um desses devices, e monitorar esse funcionamento de uma forma contínua nos aparelhos mais relevantes para cada negócio é a chave para garantir uma boa experiência para a maior gama de usuários”.

A pandemia expôs ainda mais o problema da qualidade do software. Com o distanciamento social e mais pessoas dependendo da web para praticamente tudo, um bug no software é igual a estar fora do mercado. Falhas, interrupções e respostas lentas são inaceitáveis no ambiente de negócios de hoje. E não basta automatizar e testar continuamente: analisar se a jornada está fazendo sentido também é uma forma de investir em qualidade. “Quando um cliente começa a interagir com uma empresa, a jornada dele pode envolver o uso de diversos canais (digitais ou não), por isso, cuidar da qualidade da jornada do usuário tem relação com olhar para as etapas dessa jornada e entender se ela facilita ou prejudica a vida do cliente”, analisa o CEO.

Garantia da qualidade em Inteligência Artificial, IoT e Machine Learning

A criação de produtos que usam Machine Learning e Inteligência Artificial vem crescendo nos últimos anos. A tendência é que, cada vez mais, se fale em como montar planos específicos para garantir a qualidade das aplicações que utilizam essas tecnologias.

“O desafio aqui é pensar em estratégias que se adequem a essas aplicações de uma maneira coerente” diz Abreu. “Como adequar as práticas de qualidade às evoluções constantes de um produto que usa Machine Learning, por exemplo? Como garantir a melhor experiência em dispositivos IoT levando em conta a necessidade de evitar brechas de segurança?”

São desafios que vão requerer que profissionais de qualidade aprendam novas habilidades e se adaptem para realizar projetos com foco nessas tecnologias. “No longo prazo, investir em capacitação será a melhor forma para lidar com essa tendência”, completa o CEO.

Testar remotamente

Colocar a equipe em modo home office no início do isolamento social foi um desafio para inúmeros negócios. No ambiente de tecnologia, o desafio maior foi logístico, para garantir que os times tivessem a estrutura e equipamentos necessários para trabalhar de casa.

O mesmo aconteceu quando o assunto foi testar remotamente. Bruno Abreu ressalta que contar com a flexibilidade do time foi essencial nesse momento. “Num momento em que as pessoas estão trabalhando a partir de suas casas, foi importante repensar a logística: como fazer com que o time tivesse acesso aos devices necessários para testar aquele produto específico? No nosso caso, como realizamos muitos testes em diversos tipos de devices, os membros da equipe com acesso a diferentes aparelhos precisaram se ajudar para viabilizar as entregas com o máximo de qualidade”.

Para Abreu, o mercado, que antes tinha reticências com processos de trabalho remoto para a qualidade de software, está cada vez mais aberto para esse modelo. “Muitas empresas enfatizavam a necessidade de contar com equipes presenciais para resolver as questões de qualidade. Vejo que agora há uma abertura maior para o trabalho remoto”.

Sofist é líder no quadrante de Testes Contínuos

Ultraespecializada em qualidade de software, a Sofist foi posicionada pelo Estudo como líder no quadrante de Continuous Testing – Midmarket And Expert Consulting, em uma análise com outros 49 players do mercado de qualidade. A empresa se destacou por:

  • Ter uma capacidade de entrega comprovada, com a capacidade de “entregar resultados de qualidade para clientes exigentes”;
  • Possuir expertise em testes de estresse e desempenho, com soluções que ajudam empresas a se preparar para situações onde se esperam centenas de milhares usuários simultâneos em suas aplicações;
  • Ter um portfólio de testes abrangente, indo dos testes exploratórios até os automatizados e com a habilidade de projetar soluções customizadas de testes para atender diferentes desafios.

Sobre a Sofist

A Sofist é uma consultoria ultraespecializada em qualidade de software. Suas soluções dão aos seus parceiros o suporte necessário para que eles empreguem iniciativas digitais com confiança e velocidade, possibilitando evitar que pressões por evoluções técnicas prejudiquem a experiência do usuário.

A Sofist está há 12 anos no mercado e atende empresas como Magazine Luiza, iFood, Whirlpool, Itaú, Via Varejo, Grupo Movile e Mercado Bitcoin.

Redação
Equipe de Redação

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